Friday, March 29, 2013

Direitos do Consumidor !?!

Senhores,

Passei a maior parte da minha vida, ouvido que o Brasil tinha a melhor código de defesa do consumidor do mundo.

Para quem não lembra, essa código é um conjunto de leis que protege o consumidor brasileiro de produtos e empresas que não respeitam os direitos básicos, como por exemplo, troca de produtos em caso de defeito em 7 dias, assistência técnica, etc. e não só isso, mas, também contra escolas, instituições, supermercados, etc.

Esse livrinho foi lançado no começo dos anos 90, pelo então presidente, Fernando Collor de Melo. Lindo não? Mas, esse é o grande problema do Brasil, ter tudo feito à base da canetada e, não ser da vontade do povo. Assim foi desde os primórdios da história, até a “independência” foi conquistada à base da canetada.

Lembro de brigas que chegavam a se tornar epopéias, foi pelo celular, para as empresas de telefonia, para a porcaria da NET (no qual eu ainda estou com o nome sujo no Serasa, por causa de incompetência deles). Ainda essa semana, meu irmão comentava o parto para trocar um liquidificador num grande magazine.

Aqui posso falar que, o direitos do consumidor é algo nato. Aqui, o consumidor está sempre certo, literalmente, e empresas arcam com esse “ônus”, por que, como a concorrência é acirrada, tratar de melhor maneira possível é a saída mas, antes de qualquer coisa, o povo briga por isso.

Na primeira semana que cheguei aqui, comprei um computador, e como não gostei do famigerado Windows 8, decidi, por conta própria, instalar o Windows 7. Resumindo, a HP amarra o hardware com o software de uma maneira, que fica praticamente impossível de se trocar o sistema.

Enfim, me vi no seguinte dilema, a máquina parada, sem sistema operacional e, de uns anos para cá, não existem mais aqueles discos de recover para restaurar o sistema. O que fazer então? Lembrei-me de ver um departamento dentro da Bestbuy (loja em que comprei o micro), chamado Geek Squad. Nesse departamento, existem técnicos que ajudam os usuários a instalar, configurar e resolver problemas com o computador e resolvi levar até lá para conseguir fazer um restore da minha máquina.

Cheguei lá, falei do problema, o técnico ligou o computador e fez um : “hmmmmm”, putz, pensei… Lá vem! Ele falou: Senhor, o erro é muito complicado… Vai tomar muito do seu tempo, o senhor pode me acompanhar? Eu acompanhei, ele me levou até um balcão e TROCOU a minha máquina. Na mesma hora, pegaram o meu ticket, trocaram e ainda agradeceram.

Enfim, voltei para casa com uma nova máquina, feliz e a Bestbuy acaba de ter mais um cliente fiel.

Mas, para isso acontecer, é necessário haver algumas regras básicas que não se determinam através da canetada. Precisa de empresas que estejam dispostas a suportar esse ônus e de consumuidores conscientes.

Resumindo, os consumidores tem de ter a consciência de não querer levar “vantagem em tudo”, e de empresas de não querer tratar consumidores como lixo.

É isso ai!

Thursday, March 28, 2013

Preços e poder de compra no Québec.

Senhores,

Decidi escrever sobre isso por que, como somos capitalistas, o preço é algo fundamental.

E realmente descobri que, no Brasil, vive-se um deslumbre econômico e totalmente fora de senso. Se aqui a vida é baratíssima? Não, posso dizer que ela é justa.

Antigamente, gabava-se dos preços dos alimentos eram baixos, pois é… essa realidade é coisa do passado.

Vou pegar um exemplo, os bens de consumo, por exemplo, chegam a custar um terço (mesmo convertendo a moeda) dos preços do Brasil.

Um dos primeiros bens que comprei aqui, foi o celular, por vários motivos mas, principalmente, para ter respostas dos curriculums que envio. 

Pois bem, sabe aquele celular lindão da Apple, o iPhone 5, que no Brasil o preço é de aproximadamente R$ 2.000, com um plano  que custa aproximadamente de R$ 300 para se ter, 1GB de internet, falar ilimitado dentro da mesma operadora e 600 minutos para outras e mensagens de texto ilimitada.

Comparando o mesmo mesmo aparelho, com um plano similar aqui. Comprei um iPhone 5 de 16GB por $99 e plano similar, com os mesmmos requisitos, por $70. A briga por venda de celular aqui é tão acirrada, que cada semana, as coisa mudam. Se convertermos os preços, o iPhone sairia por R$ 200 e o plano por R$ 140, beeem mais barato que no Brasil.

Uma outra coisa, comprei um computador da HP, com 17pol de tela, processador Intel i3 (2.40GHz), 8 GB de memória RAM e 1TB de disco por $600. Não consegui encontrar esse computador mas, fiz algumas sondagens em modelos similares, por R$ 4000 mesmo com “incentivos” do Brasil.

Se formos comparar o preço da alimentação, eu faço as despesas semanais para uma pessoa por aproximadamente $60 por semana. Ou aproximadamente $240 por mês, e isso não somente ao básico. E sem junk food, comida de qualidade, muitas vezes, melhor que as do Brasil.

Se falarmos de vestimentas, a disparidade é ainda maior. Uma camisa polo da marca Tommy Hilfiger, que custa, em São Paulo, por volta de R$ 200, aqui custa $45. O mesmo vale para calças jeans, a mesma da Tommy que custa mais de R$ 250 no Shopping Morumbi, aqui custa $65. E estamos falando de roupas em lojas de shopping e não em outlets.

Ainda no quesito de bens duráveis, os preços de carros aqui, são outra realidade. Além de taxas de juros quase 0% (comparando com o Brasil) os carros custam menos da metade do Brasil. Por exemplo, um Kia Sorento no Brasil, sai por R$ 126.000 (modelo intermediário), aqui, o mesmo carro sai por $35.000 já com impostos.

Vendo essa diferença e deslumbramento do consumo no Brasil, posso afirmar que o brasileiro é um dos povos mais ricos do mundo.

Se formos comparar ainda que o que pagamos de impostos, aqui, pagamos quase a metade dos impostos do Brasil e temos serviços, educação subsidiada, saúde subsidiada. Se aqui é o paraíso? Não, tem alguns problemas mas, a sociedade é mais justa. Existe demora em marcar consultas médicas, existe uma longa fila para garderies. Mas, o melhor de tudo, desde o mais humilde ao mais rico, tem acesso aos mesmos serviços.

Isso seria capitalismo? Ou o Socialismo pregado nos países da América Latina? Bem, não sei… mas, uma coisa é certa: Mesmo sendo capitalista, as diferenças sociais e econômicas, não chegam nem aos pés do Brasil, onde um bairro nobre como o Morumbi possui uma imensa favela como a Paraisópolis.

Até logo.

Saturday, March 23, 2013

RAMQ - Régie de l'Assurance Maladie du Québec

Amigos,

Continuando minha peregrinação documental, agora fui fazer o Assurance Maladie.

Como disse anteriormente, esse documento é o documento da saúde aqui no Québec. Somente com ele é possível fazer as consultas e ser atendido nos hospitais.

Grossamente comparando, é como o cartão do SUS (não gosto nem de lembrar disso, já vi tantas pessoas se ferrando para conseguir atendimento no Brasil e outras conseguindo sem problemas, mostrando um sistema desigual que destrata a população).

Como no caso da Assurance Sociale, eu recebi uma ajuda com o endereço do local para tirar o documento.

O Endereço mais próximo é:

787 Boulevard Lebourgneuf, Québec, QC

Para chegar da onde moro é necessário pegar dois Metrobus. Linha 801 e 803. Agora fui mais calmo por que com os motoristas muito educados, eles me ajudaram.

Cheguei na repartição, limpíssima, tirei uma senha e passei por uma pre-analise. Ai comecei a ter o problema da língua como disse anteriormente, a Província do Québec, é francófona e os orgãos do governo falam somente em francês, e como estou na primeira semana ainda, entender o que o povo fala é ferro… Mas, acabei me entendendo.

Para dar entrada no Régie de l’Assurance Maladie é necessário levar, o NAS, o Bail, o passaporte com o visto e a Confirmação de Residência Permanente (lembra dela? Guarde como fosse sua vida) e o CSQ.

Levou uns 10 minutos para dar toda entrada, o atendimento é padrão… muito bom, educado e formal.

Para dar entrada é necessário ter $10.35 para pagar a foto digital que vai no documento.

Depois disso, voltei para casa!

Me perdi, mas, almocei num ótimo lugar e bem baratinho no shopping Laurier.

Obrigado.

Sistema de Transportes da Ville de Québec.

Senhores,

Durante um bom tempo eu fiquei com o pé atrás quando me falavam que na cidade de Québec tinha somente ônibus como sistema de transporte coletivo, sem metrôs…

Claro que fiquei com o pé atrás por que minha referência de transporte rodoviário não é das melhores, a inchada cidade de São Paulo.

Mas, tive um graaanddeee engano. Os onibus são muito funcionais. Desde o sistema de pagamento até o conforto e o volume de pessoas dentro deles.

Então vamos enumerar…

1) Preço

O preço da condução aqui no Québec, pode-se parecer alto, $3 se compararmos com a maioria das cidades brasileiras mas, podem ter certeza, vale cada centavo. Quando você utiliza avulso mesmo, tem que dar o dinheiro contado, pois o sistema de pagamento não tem cobrador (trocador em alguns lugares do Brasil), e você deposita as moedas num cofre… Na realidade não existe um contador de moedas, é na confiança mesmo.Eu sugiro fazer o que fiz, comprar o cartão OPUS, uma espécie de bilhete único canadense. Ele custa $6 e a carga mensal, é de $79… Um valor de quase 27 passagens. Ou seja menos de 1 condução por dia.

2) Linhas

Existem 4 tipos de ônibus…

  1. Métrobus. São ônibus maiores que misturam o ônibus com o metrô. Ônibus grandes e confortáveis com linhas circulares até o centro e passam com reguralidade de 15 minutos de intervalo. Passa pelas principais avenidas de Québec.
  2. LeBus. Esses ônibus são os regulares, que tem seu trajeto definido. Tem regularidade de 15 minutos nos horários de pico e 30 minutos no resto do dia. São ônibus menores, mas, igualmente confortáveis.
  3. eXpress. São linhas expressas que passam nas avenidas mais movimentadas e somente em horários de pico.
  4. Écolobus. São ônibus elétricos que circulam somente no centro. Aqui em Québec, a preocupação com o meio ambiente é muito interessante.

3) Acessibilidade.

Até o presente momento, percebi que, todos os pontos de ônibus são projetados para pessoas com deficiência física, principalmente que utilizam de cadeira de rodas.

Os ônibus nem sempre são preparados para pessoas deficientes mas, esses que não são, rodam somente nos horários de pico, em cada 15 minutos, ou seja, a cada meia hora, passa um ônibus que é preparado mas, isso só vale para os LeBus, por que os outros outros são totalmente preparados. Em geral, com excessão do Écolobus, que é um minibus, eles possuem um largo corredor. Já vi diversas vezes mulheres entrarem com carrinhos de bebê e colocarem os carrinhos abertos no meio do corredor e ainda sobrar um bom espaço para qualquer um passar.

image

4) Horários.

Precisos… Existe um centro de informação no centro de Québec, perto do Chateau Frontenac, que me forneceu um mapa com os itinerários e horários dos ônibus, é bom mas, nada se compara com o aplicativo para iPhone (não sei se tem para Android mesmo por que, o mundo aqui usa iPhone) e como já comprei um (coloco isso nos próximos posts) e baixei o aplicativo. Depois de instalado, ele não necessita estar conectado na Internet. Ele mostra todas as linhas, itinerários, e o mais impressionante, o horário em que ele vai passar no ponto que você está. Isso mesmo, ao chegar ao seu ponto, basta ver na placa qual é a parada (cada uma tem um número distinto), e é certo. O horário preciso que está no aplicativo é exatamente o que o ônibus passa. Além disso, o site da RTC é muito completo e tem todas as informações. Ainda sugiro, para quem tem o iPhone, mesmo sendo do Brasil, a fazer o download deste aplicativo e mais o Google Maps, que mostra todos os itinerários e principalmente quais ônibus você tem de pegar para chegar ao seu destino.

Uma das coisas mais importantes que vi aprendi aqui é que, não somos dependentes de carros como no Brasil, principalmente em grandes cidades, os ônibus são confortáveis e, como não conduzimos, podemos apreciar a vista, ler um livro, etc. Sem apertos, sem empurra-empurra. E também os motoristas são extremamente educados e pacientes. Geralmente são bilingues e se, você tiver alguma  dúvida ou precisar perguntar sobre uma parada que você vai descer, pode fazê-lo sem medo, além de orientar, eles avisam quando você tem que parar.

Outra vida, principalmente para quem veio de São Paulo.

Bientôt!

Friday, March 22, 2013

NAS–Numéro D’Assurance Sociale

Senhores,

Um dia depois, fui fazer o NAS, que é uma espécie de CPF daqui, sem ele, você não consegue fazer nada. Não consegue financiamento, trabalho, nem mesmo uma conta de telefone.

Mais uma vez, A Cap’Ideal me ajudou nisso, eu recebi um email com os destinos e percursos de ônibus para encontrar o posto governamental para fazer e a mais próxima de mim, fica no seguinte endereço:

3229 Chemin des Quatre Bourgeois, Québec, QC

Para ir para o local indicado, da onde moro, é necessário pegar o Metrobus 800.

Aí lá vamos nós, acordei bem cedo e me dirigi até a Université Laval. Lá cheguei e com meu iphone 3GS havia anotado os endereços, e pedi informação para uma senhora, que me ajudou prontamente e com muita educação (aliás, cortesia é uma característica natal dos Quebecois), ela me orientou e descobri que estava no ponto de ônibus correto.

Peguei informações com o motorista e ele, muito educado me explicou onde era e não só isso, quando chegamos, ele me avisou que aquele era o ponto.

O sistema de transporte na Ville de Québec é extremamente bom e eficiente. Mas, vou falar disso em outro post.

Ao chegar no órgão público que emite o NAS, pode-se falar inglês se necessário, pois é orgão nacional, agora, nos órgãos provinciais, fala-se somente o francês. Existem placas indicando isso.

Para fazer o NAS, é necessário levar o passaporte com a carta de Confirmação de Residência Permanente, e o comprovante de residência, o “bail” serve. Bail é o contrato de locação do seu imóvel.

A repartição pública é extremamente bem conservada, limpa, as pessoas são de uma extrema educação e cordialidade (Parece um país que eu conheço que coloca placas que, ofender um funcionário público é crime, imagina o nível das pessoas que te atendem nesse país).

Ao fazer o NAS, vc não sai de lá com o documento mas, sai com o número e com esse número você já pode utilizar para comprar seu telefone, abrir conta bancária e tirar o restante da documentação.

Então, o NAS deve ser o primeiro documento a se tirar aqui.

O número do NAS é pessoal e com ele é possível ver seu histórico de crédito e informações financeiras. Todos os orgãos e até na carta fala que não devemos ficar andando com o cartão, pois a informação é sigilosa e somente deve ser informada em caso de financiamentos e outros serviços como o telefone, por exemplo.

Até logo.

Novos documentos e facilidades para o dia-a-dia.

Amigos,

Assim que chegamos no Canadá, no meu caso, Québec, é necessário tirarmos alguns documentos essenciais devem ser tirados o quanto antes.

São eles: NAS – Numero d’Assurance Sociale (equivale ao CPF), e o Assurance Maladie, que a saúde aqui, é praticamente toda pública então é necessário que seja feito o quanto antes.

Sobre o Assurance Maladie, ele leva em média 90 dias para receber, então é necessário fazer um seguro de saúde no Brasil para atender esse tempo da espera pois, se acontecer alguma coisa nesse período, você não é atendido nos hospitais e no caso de emergências, os preços são, como diríamos, orbitais.

Mas, antes disso, acho fundamental, tirar o cartão OPUS para o ônibus pois, a passagem aqui custa $ 3 avulsa,e como o deslocamento vai ser grande nos primeiros dias, sairia muito caro pagar avulso. e praticamente todo mundo tem esse cartão aqui.

O Alexei Aguiar me falou que em algumas lojas da rede Brunett é possível fazer esse cartão.

Depois de descansar bem, fiquei praticamente dois dias sem dormir, e já com a bota nova Smile! Sai na terça, para comprar o cartão. E no Place Ste. Foy tem essa loja Brunett, que é uma farmácia com conveniência.

Com um francês muito tosco, perguntei para a senhora, e ela me disse, que naquela loja não vendia mas, no Metro, o mercado, tinha a venda.

Fui no Metro e fiz o cartão. Como cheguei no dia 3 e no dia 5 estava comprando o cartão, decidi comprar o cartão com carga mensal.

Então, o preço da carga mensal é de $ 79, e o preço do cartão (plástico) é de $ 6, dando um total de $ 85. Uma bela economia.

Tendo resolvido esse problema, comprei comida no mercado, e voltei para casa.

Deixei para tirar os documentos no dia seguinte.

Ninguém é de ferro.

Thursday, March 21, 2013

Conhecendo a nova casa e que friiioooo!!!

 

Senhores,

Após o landing e, a ajuda do Alexei, seguimos para o meu novo lar.

Por ser a primeira moradia, decidimos no Brasil, para que alugássemos um local temporário, totalmente mobiliado. Nas pesquisas que minha esposa fez, ela encontrou o Maison Sillery, Que aluga studios, apartamentos, e quartos totalmente mobiliados. Exatamente com tudo… até copos e talheres.

O studio que alugamos não é o dos maiores mas, já estava acostumado com isso pois, meu “apertamento” em SP não era dos maiores mas, é muito aconchegante.

Eu e Alexei chegamos na Maison, e fomos muito bem recepcionados pelo proprietário e aguardamos uma outra pessoa que tratei por telefone, aliás, o Alexei me emprestou o telefone dele do aeroporto para ligar para avisarmos que estávamos chegando. Obrigado de novo Alexei.

O Studio tem tudo que precisava para essa nova vida, um bom chuveiro, uma cozinha pequeníssima mas, funcional, uma geladeira pequena, espaço para colocarmos as roupas, malas, etc. E ainda escolhi por ter TV a cabo e internet no studio. É extremamente limpo e arrumado.

O pessoal da Cap’Ideal, nos ajudou nessa empreitada. Ajudou explicando a localização e até no primeiro contato com o pessoal da Maison.

A localização dele é perfeita para mim… Fica há três quadras da Université Laval, ao lado existe uma espécie de complexo de 3 shoppings grandes. O Place Ste-Foy, o Place de la Citté e o Laurier, que leva o mesmo nome da avenida principal. Nesse complexo de shoppings, existem o Metro, que é o mercado que sempre compro as coisas para casa e alimentação. Na universidade de Laval, dentro dela, passam as linhas do Metrobus, e mais uma porção de ônibus, que, nessa primeira etapa é fundamental para tirarmos os principais documentos. Esse complexo de shoppings fica a quinze minutos de caminhada daqui.

No mesmo dia que cheguei, o Alexei me fez o favor de me levar para o Laurier por que precisava de um adaptador para tomada do computador e vi que, de tênis, na neve não ia dar muito certo.  Ele me indicou uma boa loja de botas e comprei uma seguindo sem suas recomendações e estava barata. Só pra informar, os estacionamentos aqui nos shoppings são gratuítos. E ai internet também é gratuíta. Basta você configurar o gadget e usar a internet sem problemas, isso foi fundamental para mim nos dois primeiros dias. Além de usar como mapa e consultar o horário de ônibus e linhas quando estava na rua. Aliás, o que mais se tem aqui é internet gratuíta. Diferentemente de São Paulo em que muitas praças de alimentação tem wifi mas, tem que se pagar ou assinante de algum provedor de internet. E não é só no shopping, em diversos cafés, restaurantes também pode-se acessar gratuitamente a internet.

Somente com uma bota, a gente consegue andar na neve… esses tênis, molham o pé e a meia e não servem para isso.

Ainda no Laurier, eu fiz a minha primeira refeição decente em solo quebecois. E falo uma coisa, fiquei muito feliz da variedade de comida que existe nas praças de alimentação. Não é só junk food, diferentemente dos EUA. E aqui quase, não há pessoas obesas. Interessante né?

Acho que é isso!

Tuesday, March 19, 2013

Chegou a hora: O Landing…

Amigos,

Preparem-se pois o post é longo!

E finalmente, chegou a hora… Depois de mais de 2 anos de esperas e planos, finalmente estava pronto (ou não?!?!?!) para ir para nossa nova terra. Bem, por causa da cirurgia, infelizmente, a Valéria não ia. Além de ficar bem chateado, não havia me preparado para fazer essa viagem sozinho. Mas, não tinha jeito, iria viajar sozinho mesmo e desbravar o novo país sozinho.

Fomos todos para o Aeroporto… Eu, sogros, cunhados e cunhadas, Dois carros lotados de gente legal que amo muito… Despedidas nunca são legais então vou pular logo essa parte.

Embarquei direto para o Canadá (Toronto) no voo AC0091 às 21:30. Um voo lotadaço até a tampa (rsrs) e fiquei no meio da fileira do canto… Mas, no geral o voo foi tranquilo. Claro que quase não dormi! Assisti filmes, li livros, ouvi música e mesmo assim, não consegui dormir. Ah. Não esqueçam da canetinha para preencher o cartão de entrada no país.

O dia foi amanhecendo quando cheguei em Toronto. Ao contrário dos mitos, Você passa pela imigração antes de retirar as malas! Peguei uma “pequena” fila na imigração… A fila era longa mas, os guichês com os oficiais foram abrindo logo e a fila foi andando logo.

Passei pela agente, a “canadense” mais “chinesa” que já vi na minha vida! Muito simpática, me deu um Good Morning com sorriso, aí fez aquelas famosas perguntas de praxe, se estava levando alimentos perecíveis, se estava levando alcool, se havia comprado algo no free shop. Falei que não (pois não estava levando mesmo), Ela me perguntou se eu iria sair depois ou se estava indo pra ficar, pra fazer o landing. Eu disse sim… Aí vieram mais perguntas, se estava trazendo alguma mobília, se o dinheiro no meu bolso era maior que $ 5000 em cash. Eu disse não, ela anotou um monte de coisas no meu cartão de entrada e no papel do visto. Quando pensei que tinha terminado, ela disse: “Senhor, por favor, siga para o próximo guichê a direita”.

Ai,ai,ai… pensei que já seria liberado mas, não… Fui para outra fila, bem menor que a anterior mas, muito mais demorada. Pelo que entendi, essa fila foi pro pessoal que iria ficar mais de 3 meses no Canadá, seja por intercâmbio ou para imigrar mesmo. Logo fui chamado por um senhor, muito simpático e educado, que pegou minha documentação, desta vez o passaporte junto com o Papel de confirmação de Residência Permanente.

Dica 1: Guardem esse papel como se fossem sua vida, ele é fundamental para tirar os outros documentos e para outras coisas que falarei mais tarde.

Ele fez diversas anotações no meu papel de imigração e vieram as perguntas. Você já tem endereço canadense que vai ficar mais de alguns meses. Disse sim, pois antes de viajar, já havia fechado um studio para morar 4 meses com ajuda da Cap’Ideal. Ele falou que era muito bom por que era para esse endereço que iria mandar o cartão de RP. Mostrei o “Bail”, Ele anotou o endereço no papel de Confirmação de Residência Permanente. E isso leva algumas semana, cerca de 6 semanas. Depois me perguntou quanto estava trazendo de dinheiro. Eu falei que era mais de $ 1.500 em cash, e perguntei se ele queria ver, ele falou que não, e mostrei o extrato da conta bancária para ele. Ele anotou, e depois me perguntou se era casado, eu disse que sim mas, que minha esposa viria depois. Ele agradeceu carimbou os papéis e o passaporte e depois me disse : “Welcome to Canada”.

Eu respirei aliviado, peguei todos os papéis e entrei para pegar minha bagagem que, estava intacta na esteira do aeroporto.

Peguei um carrinho, detalhe, para “usar” o carrinho, paga-se $ 2,00 mas, a máquina aceita também notas de $ 5. Eu já tinha algumas moedas de dólar canadense que minha esposa me deu, e foi de grande valia. Só quando vc tem duas malas cheias mais uma de mão e ainda uma mochila de documentos pessoais, sabe como um carrinho ajuda.

Dica 2: A cota da Air Canada, permite duas malas de até 32kg cada uma, uma bagagem de mão de 10kg e uma de artigos pessoais de 10kg também. Isso ajuda bastante, então sugiro aos senhores colocarem uma "troca” de roupa na bagagem de mão pois, se houver problema de extravio de bagagem, não precisam ficar tão desesperado.  No meu caso, coloquei todos os meus eletronicos (ipod, iphone e notebook na mala de mão), e documentos na mochila.

O Aeroporto de Toronto é bem grande mas, as informações são bem claras e existem “milhares” de painéis com os voos. Bem fácil e a comunicação, então, achar o portão do seu voo é bem tranquilo. Despachei as malas novamente, e me encaminhei ao portão. Foi só nesse meio tempo, que parei, fui ao banheiro, tomei um café e fui ligar para minha esposa. Bem… ai começa um dilema… Os telefones públicos da Dell aceitam moedas, cartões de crédito e débito e da Dell, eu liguei e esperei o visor mostrar quanto deveria “depositar” e veio a mensagem de que deveria ser $11! Poutz! Olha o Brasil me lesando até quando estou fora dele (hahahahah). Desisti e vi que o Aeroporto de Toronto tem wifi gratuíta… Então liguei meu notebook e liguei usando o skype e falei com minha esposa e a vi ainda.

Então o meu voo foi anunciado e eu me dirigi para o portão e peguei a segunda aeronave. Um avião com hélices… pensei que isso nem existia mais. Diferentemente do primeiro voo esse estava bem vazio. Cheguei exatamente em Ville de Québec as 10:30hs da manhã, no dia 03-03-2013. Mesmo sendo os últimos dias do inverno, a cidade estava sim, coberta de neve e um frio fora dos padrões tropicais.

Dica 3: Na troca de roupa que coloquei na mala, coloquei uma roupa de esquiador na mala,e sabiamente, a vesti por baixo das minhas roupas normais no aeroporto de Toronto. Trata-se de uma camisa especial que coloca-se por baixo da roupa assim como uma calça de lã fina que fica por baixo da calça convencional e ainda mais um detalhe, eu fui com aqueles agasalhos da Reebok de esportistas. Essas roupas, você consegue por um preço justo e acessível nas lojas da Decathlon. Existe uma sessão de esqui que tem tudo isso… Ah! e sugiro comprarem uma meia para esqui também por que o frio no pé é anormal.

Pois é, cheguei aqui e um rosto familiar (da internet) estava me aguardando no aeroporto, o Alexei Aguiar do blog Rapadura Please, me esperando no Aeroporto. Além de ser uma ótima pessoa, de coração extremamente grande, isso foi fundamental para a minha chegada pois, ele disse que “não exista nada pior que chegar numa cidade nova, sem ninguém, e ter a sensação de um cão que caiu da mudança”. Esse feito aconteceu por que minha esposa comunicou-se com ele nas vésperas da viagem e ele foi me ajudar. Ele já havia estudado o caminho para a nova residência. Muito cortez, educado e “boa praça” ele veio o caminho me dando muitas dicas. Faço uma agradecimento aqui, em público, à você Alexei! Você e sua família merecem o melhor que a vida e Deus podem dar a um ser humano. O seu blog foi o primeiro que vimos quando decidimos imigrar e foi de grande valia! Pessoas como você fazem o mundo melhor! Agradeço muito a você por tudo! Deus abençoe sua família.

Esse foi o relato do meu landing. Espero que todos que estão vindo para cá, tenham um landing como o meu, foi tudo muito tranquilo e sem stress.

Até logo.